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Governo Federal prevê que rombo no INSS vai quadruplicar em 75 anos

A explicação para o forte crescimento do déficit do INSS é o envelhecimento da população brasileira, aliado à queda no número de nascimentos.

Genival Júnior
Por: Genival Júnior Fonte: G1
15/05/2025 às 09h34 Atualizada em 15/05/2025 às 10h01
Governo Federal prevê que rombo no INSS vai quadruplicar em 75 anos

No epicentro de uma nova crise política por conta de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) preocupa economistas e a equipe econômica por outro motivo: sua sustentabilidade nas próximas décadas.

Estimativas do governo que constam no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, enviado pelo governo ao Legislativo em abril, mostram que o rombo do INSS, sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, irá mais do que quadruplicar nos próximos 75 anos.

Para 2025, a previsão é de que o déficit do INSS atingirá 2,58% do PIB, ou R$ 328 bilhões;
Para 2100, a expectativa é de que o rombo totalizará 11,59% do PIB, ou R$ 30,88 trilhões.
A comparação na proporção com o PIB é considerada mais apropriada por especialistas.

A explicação para o forte crescimento do déficit do INSS é o envelhecimento da população brasileira, aliado à queda no número de nascimentos.

No sistema de repartição, usado no Brasil, as contribuições dos trabalhadores ativos são utilizadas para pagar os benefícios dos aposentados e pensionistas, sem a formação de um fundo separado para cada segurado.

Por isso, o quadro se complicará no futuro com um menos trabalhadores na ativa para financiar um contingente maior de aposentados — gerando um rombo crescente com o avançar dos anos.

"Embora o Brasil ainda tenha uma estrutura etária relativamente jovem, a forte queda nas taxas de fecundidade associadas às quedas nas taxas de mortalidade levarão a um rápido processo de envelhecimento da população e a uma redução acentuada da participação dos jovens no total da população, gerando grandes pressões por mudanças nas políticas públicas de forma geral e especificamente na previdenciária", diz o governo, no projeto da LDO de 2026.

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