O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió, Alagoas, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negar um recurso da defesa e manter sua condenação a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A operação foi deflagrada no âmbito da Lava Jato.
De acordo com nota da defesa, Collor foi detido pela Polícia Federal por volta das 4h, quando se preparava para viajar a Brasília com o objetivo de se apresentar espontaneamente. Ele está custodiado na Superintendência da PF em Alagoas. A prisão ocorre após Moraes rejeitar um pedido para revisão da sentença, confirmando a condenação de 2023, que o considerou culpado por receber R$ 20 milhões em propinas por indicações políticas na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, entre 2010 e 2014.
O ministro também solicitou ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, a convocação de um julgamento virtual para referendar a decisão, marcado para esta sexta-feira (25). Collor, que já havia sido impedido de assumir o Senado em 2022 após condenação no caso da Lava Jato, volta à prisão quase 33 anos após seu impeachment, em 1992. A defesa ainda não informou se recorrerá da decisão.
A sentença do STF apontou que Collor, como ex-líder do PTB, usou sua influência para beneficiar empresas em contratos com a BR Distribuidora em troca de vantagens milionárias. O caso é um dos desdobramentos da operação que investigou esquemas de corrupção na Petrobras.