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Lula concede indulto natalino a presos com HIV e câncer, mas exclui presos do 8/1

Decreto do presidente Lula não vale para condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito

Ricardo Souza
Por: Ricardo Souza
24/12/2024 às 07h02
Lula concede indulto natalino a presos com HIV e câncer, mas exclui presos do 8/1

Na última segunda-feira, 23 de dezembro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o indulto natalino, uma medida que visa oferecer alívio a pessoas condenadas que se encontram em situações de vulnerabilidade. Publicado em uma edição extra do Diário Oficial, o decreto prioriza grupos como idosos, gestantes, e indivíduos com deficiências ou doenças graves, incluindo aqueles que vivem com HIV ou estão em estágio terminal.

Benefícios do Indulto

  • O indulto deste ano traz algumas especificidades importantes:
  • Gestantes com gravidez de alto risco e mães ou avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência poderão ser beneficiadas, desde que comprovem a necessidade de cuidar de crianças de até 12 anos.
  • Detentos com transtorno do espectro autista severo, além de presos que são paraplégicos, tetraplégicos ou cegos, também estão incluídos nas condições do indulto.

Exclusões do Indulto

Entretanto, o decreto não se aplica a todos os condenados. Estão excluídos do indulto:

  • Condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito, como os atos golpistas de 8 de janeiro.
  • Crimes hediondos, tortura, terrorismo, racismo, lavagem de dinheiro, e violência contra mulheres, crianças e adolescentes.
  • Integrantes de facções criminosas e pessoas condenadas por abuso de autoridade que assinaram acordos de delação premiada.

Processo de Elaboração

As regras do indulto foram elaboradas pelo Conselho Nacional de Política Criminal e validadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. De acordo com a Constituição, é atribuição do presidente da República editar o indulto, e as normas são revisadas anualmente.

Este indulto natalino reflete uma tentativa do governo de equilibrar a justiça penal com a compaixão, oferecendo uma segunda chance a aqueles que se encontram em situações de vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que mantém a firmeza em relação a crimes mais graves.

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