O governo federal iniciou nesta quinta-feira (4) a operar a linha de microcrédito para famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único de benefícios sociais.
A medida foi anunciada em abril, no âmbito do programa Acredita, mas ainda passava por ajustes operacionais para entrar em funcionamento. O programa foi idealizado para impulsionar o crédito, uma das obsessões de Lula para ativar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Uma primeira parcela de R$ 500 milhões foi disponibilizada no Fundo Garantidor de Operações (FGO) para servir de garantia às operações em caso de inadimplência.
O secretário de Inclusão Socioeconômica do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Luiz Carlos Everton, diz à reportagem que o valor é suficiente para alavancar até R$ 2,5 bilhões em operações num primeiro momento, considerando um cenário conservador em que a inadimplência possa chegar a 20% da carteira.
Segundo ele, o mais provável é que as perdas fiquem abaixo desse percentual, o que abriria espaço para a concessão de um valor até maior de empréstimos. Entre janeiro e maio deste ano, a inadimplência do microcrédito oscilou entre 6,4% e 8,5%, de acordo com dados do Banco Central.